O banco do futuro: perspectivas e desafios do que vem pela frente
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O termo “banco do futuro” remete a perspectivas e desafios. Isso porque, ao que tudo indica, a transformação digital pela qual o setor financeiro vem passando ainda trará muitas novidades.
Essas novidades, por sua vez, levam à necessidade de ajustes e de aprimoramentos na forma como as instituições financeiras atuam.
Considerando esse cenário de inovação, os bancos aumentaram em 48% os seus investimentos em tecnologia, segundo a pesquisa da FEBRABAN em parceria com a Deloitte.
Paralelo a isso, o número de fintechs cresceu 34%, de acordo com o levantamento realizado pela Distrito — em 2019 eram 553 empresas desse segmento; em 2020 foram contabilizadas 742.
É interessante ressaltar que, desde 2015, já foram investidos mais de US$ 2,4 bilhões em fintechs brasileiras. Só este ano, até o mês de abril, essas empresas receberam mais de US$ 30 milhões de investimentos.
Ou seja, o processo de inovação atribuído aos bancos do futuro está apenas começando.
E quais seriam, portanto, as expectativas e desafios desse setor para os próximos anos? Sobre isso conversamos com Bruno Diniz, Managing Partner da Spiralem.
O banco do futuro: perspectivas e desafios
O banco do futuro, suas perspectivas e desafios. O que esperar sobre esse tema?
Podemos começar falando sobre duas inovações implementadas este ano que, ao que tudo indica, vão impactar bastante o mercado de serviços financeiros: o Open Banking e o Pix.
O Open Banking entende que o cliente é o real proprietário dos seus dados e histórico bancário. Diante desse ponto de vista, ele pode compartilhar essas informações com a instituição financeira que preferir, a qualquer tempo.
Dessa forma, caberá aos bancos, fintechs e demais players do setor oferecer as melhores soluções e produtos para se destacar dos concorrentes e atrair os usuários bancários.
Já o Pix promete revolucionar os meios de pagamento, tanto que está sendo visto como uma solução com importante papel na crise financeira provocada pela pandemia.
O Sistema de Pagamento Instantâneo do Banco Central permitirá pagamentos e transferências a qualquer dia ou horário, incluindo finais de semana e feriados — o que não acontece com soluções com TED, DOC e boleto.
Quer saber mais detalhes sobre o que é Pix e os benefícios dessa opção de pagamento? Então ouça este episódio do Papo na Nuvem:
Em resumo, ambos os conceitos não só modificam o posicionamento das instituições financeiras, mas também fomentam a inovação, abrem caminho para a criação de novas soluções financeiras e, consequentemente, intensificam (positivamente) a competitividade entre os participantes do setor.
A influência do usuário no banco do futuro
Mas não há como falar sobre o banco do futuro, perspectivas e desafios, sem mencionar a influência do usuário nesse processo.
Cada vez mais as pessoas buscam por produtos e serviços financeiros fáceis de serem adquiridos, rápidos e desburocratizados.
É possível, inclusive, dizer que foi o atendimento dessas necessidades que fizeram com que as fintechs ganhassem espaço e “tomassem” muitos clientes dos bancos tradicionais.
O uso cada vez maior da tecnologia também é um importante ponto de influência para a criação dos bancos do futuro.
Dados comprovam que 134 milhões de brasileiros têm acesso a internet, o que representa 3 a cada 4 pessoas. O celular, inclusive, é o principal meio de acesso às soluções digitais.
Um reflexo disso pode ser visto no aumento do uso mobile banking. As transações bancárias realizadas por esse canal tiveram um crescimento de 19% entre 2018 e 2019.
Só no ano passado foram realizadas mais de 39,4 bilhões de transações, contra apenas 5,7 bilhões nas agências.
Com isso, o Mobile Banking tem se tornado um importante canal de operações diárias, mas também de contração de produtos e serviços financeiros.
Entenda tudo sobre o tema neste artigo “O que é mobile banking? Confira conceito, vantagens e como oferecer essa solução aos seus clientes”
O futuro dos bancos: o que esperar
Como você pode ver, o banco do futuro, suas perspectivas e desafios colocam o usuário como o centro de suas operações.
Seguindo essa linha, não podemos deixar de citar também o BaaS, Banking as a Service, solução que permite que qualquer empresa, de qualquer segmento, passe a oferecer produtos financeiros aos seus clientes.
Sem desviar do seu core business, sua empresa se transforma em um banco digital e, com a sua marca, pode oferecer aos seus clientes e parceiros de negócios todas as funcionalidades de uma conta digital, incluindo cartão.
Essa abordagem está, cada dia mais, sendo utilizada no varejo e nas empresas de ERP, que passaram a integrar plataformas de pagamento aos seus sistemas.
Mas por que essa estratégia faz parte do conceito dos bancos do futuro? Porque ela permite entregar aos clientes soluções financeiras realmente personalizadas para as suas necessidades, além de gerar uma nova fonte de receita para o seu negócio.
Isso é possível porque a sua empresa conhece a fundo as dificuldades e o modelo de negócio dos seus parceiros, ao contrário dos grandes bancos. Por isso, consegue criar produtos e serviços que atendem melhor e mais pontualmente as suas expectativas.
No entanto, quando falamos sobre o banco do futuro, perspectivas e desafios podemos ir um pouco mais além do que foi apresentado até agora.
Bruno Diniz, Managing Partner da Spiralem, conversou com a gente sobre o que é possível esperar para o futuro do mercado de serviços financeiros.
A oferta de soluções financeiras antes era restrita aos bancos. A chegada das fintechs e de soluções como o BaaS mudou totalmente esse cenário. Quanto a entrada desses novos players (varejos e outras empresas) vai impactar o futuro dos serviços financeiros?
As barreiras de entrada no setor financeiro, tanto regulatórias quanto tecnológicas, caíram dramaticamente nos últimos anos e abriram possibilidades como a prestação de serviços financeiros por companhias não financeiras.
Essas empresas (varejistas e players dos mais variados setores) muitas vezes utilizam os serviços de provedores de Banking as a Service para viabilizar a sua atuação de forma mais rápida e efetiva no ambiente financeiro.
Entendo que, com tudo isso, os serviços bancários básicos serão comoditizados em um futuro breve.
Caberá a esses novos entrantes, portanto, derivarem diferentes e inovadoras abordagens para fidelizar a sua base de usuários e fazê-los optar por atuar junto a eles.
Um dos caminhos para conseguir isso é combinar ofertas financeiras e não financeiras. Por exemplo, descontos em produtos no caso dos varejistas; ou benefícios adicionais como pacotes de dados extras para empresas de telefonia.
Ainda que o processo de inovação seja um caminho que só está começando, você acredita que a segurança possa ser um ponto que vai impactar a adesão de alguns usuários às novas soluções financeiras?
Sempre que consideramos serviços financeiros, entramos em um tema no qual as pessoas (naturalmente) costumam ter preocupações com segurança, em especial quando estão testando uma nova solução.
Esse é um assunto bastante crítico e não estamos falando apenas da segurança relativa ao dinheiro transacionado junto a uma determinada empresa, mas também da segurança dos dados financeiros do cliente.
Entendo que esse é o maior desafio que teremos em um contexto financeiro cada vez mais digital.
Sistema bancário aberto com compartilhamento de informações, inteligência artificial e outras tecnologias. O que mais podemos esperar dos bancos do futuro e quais serão os maiores desafios?
Caminhamos para uma realidade de maior customização de serviços, transparência dos produtos financeiros e taxas mais competitivas, algo que será possível graças à entrada de novos players no setor, à implementação do Open Banking no país e à aplicação de novas tecnologias.
A atividade financeira está se tornando, cada vez mais, um jogo no qual o processamento e a análise de dados são elementos críticos para o sucesso.
Estamos mais perto do que nunca de vermos valiosos conjuntos de dados transitando livremente por todo o mercado com a autorização dos seus titulares, destravando um grande potencial que pode revolucionar a indústria.
Devemos ter desafios ao longo do processo de implementação do Open Banking no Brasil, visto que exige um esforço conjunto de várias partes interessadas — que estão envolvidas no processo com o Banco Central.
Contudo, entendo que globalmente está sendo criado um consenso sobre a titularidade dos clientes sobre os seus dados financeiros e o poder de escolha na utilização dessas informações para obter benefícios.
Em um segundo momento, outro desafio que teremos será comunicar essas premissas e todo o potencial do Open Banking para a população, algo importante para acelerarmos o uso desse sistema.
Quer entender mais sobre o banco do futuro, perspectivas e desafios? Então não deixe de ler “Plataforma Banking as a Service: como criar hoje o banco do futuro!”
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